Projetada para suportar o fluxo constante de mercadorias e pessoas, a Ponte Velha se tornou rapidamente um ponto crucial para o desenvolvimento econômico e social da região. Sua estrutura robusta e a elegância de sua arquitetura não apenas desafiaram os limites da engenharia local, mas também se integraram harmonicamente à paisagem natural de Itabaiana.
No entanto, a verdadeira grandeza da Ponte Velha não reside apenas em sua construção física, mas nas histórias que testemunhou ao longo dos anos. Foi sobre suas pedras que gerações de itabaianenses cruzaram, indo e vindo com sonhos, esperanças e desafios. Foi ali que comerciantes encontraram novos mercados, que jovens casais juraram amor eterno sob a luz da lua, e que pescadores contaram suas aventuras enquanto descansavam de um dia exaustivo de trabalho.
Com o passar dos anos, a ponte sofreu os efeitos inevitáveis do tempo. Suas pedras começaram a mostrar sinais de desgaste, e o progresso trouxe novas vias e pontes modernas, desviando o tráfego e a atenção para longe de sua silhueta envelhecida. Mesmo assim, a Ponte Velha permaneceu firme, um símbolo de resistência e memória.
Nos dias de hoje, a Ponte Velha de Itabaiana é um testemunho do passado que ainda ecoa no presente. Ela nos lembra de um tempo em que a vida era mais simples, mas não menos intensa. Os que passam por ela hoje, talvez apressados em suas rotinas diárias, muitas vezes não percebem as histórias que repousam silenciosas sob seus passos. Porém, para aqueles que param e escutam, a ponte sussurra segredos de um passado vibrante e de uma comunidade que sempre soube encontrar força na união e na perseverança.
Assim, a Ponte Velha de Itabaiana permanece, não apenas como um elo físico entre duas margens do rio, mas como um elo espiritual que une gerações através do tempo, guardando em suas pedras a essência da história e da alma de Itabaiana.
Por, G. Mendonça com Imagens de Marcone Lucena